O caminho das Virtudes.
Eduardo de Souza Paiva.
Aluno de Licenciatura em Filosofia na Universidade Federal
da Integração Latino-Americana.
O caminho das Virtudes.
O ser humano deve deixar de lado seus desejos fúteis e focar nos
conhecimentos Empíricos e Epistemológicos, para só assim chegar ao objetivo final de ser
feliz.
Na minha concepção, não é necessário deixar Deus de lado em prol da Ciência, tudo se completa.
Buscar em ambos, elementos que possam nos
guiar nessa jornada de conseguir respostas para formular nosso próprio caminho e atingir a felicidade em seu sentido pleno e real.
Quando Tales de Mileto disse que tudo é água, não estava
rompendo com a ideia de que os Deuses existem e antagonizando com as doutrinas
existentes de sua época, mas simplesmente decidiu seguir um caminho diferente de investigação da astronomia. Assim como outros filósofos que decidiram buscar
respostas para tudo que diz respeito a natureza e seu princípio.
É muito importante se desvincular das ideias que vem de fora (Adventícias), ou de nossa imaginação
(Factícias), conceito extraído da Filosofia Cartesiana em “Meditações
Metafísicas”.
Colocar-se no papel de discípulo do autor, e tirar suas
próprias conclusões sem acreditar em tudo que se lê.
“ Os Deuses
existem e é evidente que o conhecimento que temos deles; Já a imagem que deles
fazem a maioria das pessoas, essa não existe: As pessoas não costumam preservar
a noção que tem dos Deuses. Ímpio não é quem rejeita os Deuses em que a maioria
crê, mas sim quem atribui aos Deuses os falsos juízos dessa maioria”
Epicuro, 2002, p1, l14
Quando ele diz na carta que “As pessoas não devem hesitar em
dedicar-se à filosofia enquanto jovem” creio que toca em um ponto crucial, não
somente para a História da Filosofia e suas Dialéticas, mas para tudo que
envolve o desenvolvimento nosso enquanto seres humanos dotados do Intelecto e
podendo assim adquirir as virtudes.
O jovem, o cidadão de meia idade e os idosos não devem abdicar de seus sonhos, pois quanto estiverem no leito de morte tudo não terá passado
de ilusão criada pelo sistema imperialista, que nos aprisionam ao mesmo tempo em
que propagam uma narrativa que consiste em uma falsa “liberdade” que jamais existiu.
“Os alimentos
mais simples proporcionam o mesmo prazer que as iguarias mais requintadas,
desde que remova a dor provocada pela falta. Pão e água produzem o prazer mais
profundo quando ingeridos por quem dele necessita.”
Epicuro, 2002, p3, l15
Uma alimentação saudável e consciente pode proporcionar inúmeros
benefícios no nosso corpo e na natureza em relação a nossas gerações futuras,
mas não somente no seu sentido literal, nesse contexto se trata também de uma
metáfora.
Alimentar-se intelectualmente daquilo que de fato seja conhecimento
verificado através das sobreposições das hipóteses colocadas ao longo dos tempos,
é o caminho para adquirir ou manter as virtudes, que são destinadas ao nosso intelecto.
Não ser escravizado pelas próprias ideias tolas e vícios, fugir dos ensinamentos errados, que não passam de projetos políticos para limitar o conhecimento e mantê-lo sob o poder das elites.
Busque modelos que adaptem a sua realidade, deleite-se com a possibilidade de interdisciplinaridade educacional e rejeite falsos ícones.
Compartilho com o autor a tese de que é melhor não acreditar nos Deuses,
do que crer e usa-lo para manipular as pobres almas que ainda não tem o discernimento para interpretar o que é verdadeiro ou falso.
Bibliografia:
EPICURO, Carta sobre a felicidade (a Meneceu ), Editora
UNESP,2002
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