O marxismo na América-Latina nos anos 1920 e seus contrapontos.
Eduardo de Souza Paiva,
Discente de Licenciatura em Filosofia pela Universidade Federal
da Integração Latino-Americana.
Trabalho acadêmico sintético e epistemológico na área de Teoria e Metodologia da
História : Modernidades de Narrativas.
Tema:
O marxismo na América-Latina nos anos 1920 e seus contrapontos.
1-
O
marxismo em Mariátegui: Uma proposta de racionalidade alternativa
Anibal Quijano
Contexto:
Mariátegui foi um intelectual peruano e um dos primeiros e
mais influentes pensadores do Marxismo Latino-Americano no século XX.
Influenciado pela revolução Bolchevique na Rússia e o
pensamento de seus líderes que apresentavam uma alternativa
política frente aos conceitos da social-democracia europeia com o padrão
revisionista e positivista.
Decide incorporar os paradigmas Marxistas-Leninistas, também
sob influência de Freud, Nietzsche e Sorel para desenvolver uma proposta
autônoma.
Insistia que não consistia em uma proposta apenas
Epistemológica mas também uma questão Ética.
Retira de Sorel (Teórico italiano) a ideia de indispensabilidade do Mito para a mobilização das pessoas em direção à revolução.
Defendia a causa indígena e a luta de classes.
O mesmo foi exilado na Itália em 1919 durante a ditadura Augusto
Leguia.
Contraponto:
2-
Reflexões sobre o Marxismo na América-Latina nos
anos 1920: José Carlos Mariátegui, Haya de La Torre e Julio Antonio Mella.
Rafael Coelho Neto
Pós-graduando em
História e Culturas Políticas pela UFMG
Contexto:
Mella: Intelectual Cubano que participou da fundação do
Partido Comunista Cubano.
Criou a politica sindical e o centro revolucionário das
Mulheres.
Era Marxista-Leninista Ortodoxo.
Haya: Político e intelectual Peruano fundados da APRA (Fundação
da Aliança Popular Revolucionária Americana) que depois veio a se tornar um partido
internacional.
Divergências e Concordâncias
Os peruanos Mariátegui e Haya e o Cubado Mella tinham alguns
pontos de concordâncias em comum.
Nos três autores estudados aparece a indispensabilidade de superação
do regime político, social e econômico para só assim ter profundas
transformações de ideias e valores com a participação de grupos sociais nas
politica de Estado.
Negros, Povos Originários, Campesinos e trabalhadores
urbanos foram incorporados na discussão nacional com a ruptura com a ordem
oligárquica da social-democracia.
Haya no congresso de 1928 lançou o Plan do Mexico que sequer
tinha uma menção ao Socialismo, além de incentivar a participação da pequena
burguesia na revolução alegando que o proletariado não tinha condições
intelectuais para liderar o processo revolucionário.
Mello e Mariátegui acreditavam numa frente única anti-imperialista
composta por trabalhadores diversos, camponeses, intelectuais e estudantes
recusando a participação da burguesia.
Consideravam a mesma complacente e aliada com o processo de
dominação imperialista, e era possível que a burguesia abandonasse o proletário
e passasse para o lado imperialista já que não abdicariam da propriedade
privada.
Conclusão
Encontra-se na estrutura agrária o atraso e a exclusão do
proletariado na vida política e cultural.
A tomada dos meios de produção e dos latifúndios
improdutivos é o ponto de partida para a REVOLUÇÃO.
Bibliografia
·
QUIJANO, Anibal, O marxismo em Mariátegui: Uma
proposta de racionalidade alternativa, 04 de novembro de 2020.
·
COELHO, Rafael, Reflexões sobre o Marxismo na
América-Latina nos anos 1920: José Carlos Mariátegui, Haya de La Torre e Julio
Antonio Mella, 15 de Julho 2012.
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